terça-feira, 9 de agosto de 2011

O problema somos nozes?


Houve um tempo em que ter filhos era o problema, hoje são os pais deles que fodem com a nossa vida. E longe de ser uma foda prazerosa. É foda de “Puta-que-o-pariu! Como tu consegue me estressar dessa maneira?!”. Ai como eu queria que minha mãe tivesse sido relapsa com a minha educação. Se tivesse me ensinado a matar…
O problema é grave colega. É gravíssimo. Afff! É de surtar o Gandhi!
E sabe o que é o mais “GRRRR!” nisso tudo? Eles sabem. Eles são “propositores”. E adoram nos ver três quilos mais magras por perda de cabelo a cada surto. E eles riem. E eles reclamam. E eles estão certos.
Sim. E não me atirem pedras companheiras da classe “A”. Eles sabem o que querem e vão à luta. E conseguem. São guerreiros. E no fim, gozam na nossa cara. Felizes. Satisfeitos. Prontos para outra. E nós?! Acabadas, descabeladas, desestruturadas. E persistentes, pois continuamos ali, afinal, algum dia, alguma tiazinha, vestindo sua melhor camisa de força, proclamou com a voz mais doce e ecoante: “Ruim com eles, pior sem eles…”. E aí bonitonas, fu-deu!
Até que um dia, cansadas de levar chumbo sem coletes à prova de balas, a gente resolve lembrar por que nos chamam de sexo frágil, porque precisamos ser tratadas com carinho, com cuidado, senão a gente quebra, a gente perde o valor.
Somos classe “A” porra! Mas sem feminismo doentio. Há exceções na classe “o” e esses sim merecem viajar de primeira classe. O resto meu bem, bota pra viajar do lado de fora e torce para morrer de batida de urubu!

Lici Cruz

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