terça-feira, 2 de outubro de 2012

Menino em estado terminal melhora após visita de jogadores do Verdão




Uma história divulgada pelo assessor de imprensa do Palmeiras Fábio Finelli tem emocionado torcedores do Palmeiras e de vários outros clubes nesta segunda-feira.  Em seu perfil em uma rede social, ele narra a história da fantástica recuperação de um menino de 13 anos que está internado no Hospital Infantil Darcy Vargas, no Morumbi (região sul de São Paulo) após a visita de alguns atletas do Verdão. Veja o relato completo:  

Aconteceu na semana passada. O nome do garoto é José Erasmo, de 13 anos. Palmeirense doente, está internado no Hospital Infantil Darcy Vargas, no Morumbi, com câncer.

De acordo com os médicos, ele tinha APENAS MAIS UM DIA DE VIDA. O último sonho da vida dele, ou primeiro, porque não dizer, era conhecer o Palmeiras. Conhecer os jogadores do Palmeiras. Ganhar uma camisa autografada do Palmeiras.

Por uma questão de tempo, nem todos os jogadores puderam ir ao Hospital. A visita foi feita às pressas no dia 07 de setembro; a viagem do Palmeiras para BH (jogo contra o Atlético-MG) aconteceria no sábado (08), data limite em que os médicos davam de vida para este ilustre palmeirense.

Maurício Ramos acompanhado da esposa, Marcos Assunção, Wesley e César Sampaio foram ao Hospital na sexta-feira. O garoto, debilitado, apenas gesticulava nos poucos momentos em que conseguia abrir os olhos.

A visita foi cercada de emoção, principalmente por parte dos pais do José Erasmo. Maurício Ramos entregou sua camisa. O garoto já estava com um pôster do Palmeiras campeão da Copa do Brasil, que foi assinado pelos atletas que ali estavam.

Nesta segunda-feira, dia 1º de outubro, Maurício Ramos recebeu uma ligação dos médicos do Hospital. O pequeno José Erasmo não só abriu os olhos como está se alimentando regularmente. Não só gesticula como também voltou a falar. Por um milagre Divino, está prestes a receber alta e voltar para casa.

Hoje, o maior sonho do José Erasmo é ir à Academia de Futebol. Só não foi ainda porque, obviamente, continua com certas limitações. Não pode pegar friagem, por exemplo.

Ninguém sabe o que vai acontecer. São muitos obstáculos ainda a serem superados. Mas fica aqui uma prova do quanto um simples gesto pode mudar a vida de uma pessoa. Através desta história, podemos tirar diversas conclusões.

Disponível em:

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Da ética de se vender o voto. E não entregar.


Ouvi dizer que tem candidato a vereador pagando até R$ 5 mil pra a pessoa adesivar o carro. E quem me disse não tem o hábito de mentir. Aliás, apareceu com o carango todo colorido de uma figura que busca a reeleição.

“Tás vendo aí, gordinho? Conhece esse cara?”
Eu não conhecia.
“Tu acha que eu vou votar nele? Vou nada. Mas tou liso, sabe como é. Peguei R$ 5 mil e ela ainda bota gasolina no meu carro”.
Não deveria ser novidade. Há muito tempo que conhece a prática de se ‘alugar’ muros de casas, especialmente nas comunidades da periferia. No interior, onde as disputas eleitoras normalmente são marcadas por cores (azul x amarelo, vermelho x verde), também é costume oferecer-se dinheiro para que se coloque bandeiras de um lado ou do outro no telhado das residências.
“É só propaganda”, uns argumentam. “É uma forma disfarçada de compra de votos”, insistem outros. “Abuso de poder econômico”, “Crime eleitoral”. Cada um define de um jeito.
A verdade é que o papo com o amigo me lembrou outro, há alguns anos, no interior alagoano. Conheci uma menina que era alucinada pelo período eleitoral.
“Sabe porque? Eu vendo meu voto. Vendo mesmo. Sem pena. Vendo em vários bairros, a vários cabos eleitorais diferentes. Eles fazem a listinha, pegam número do título, zona eleitoral. Tem candidato que paga R$20, tem uns que pagam R$ 50.  Dependendo até mais. Tem eleição que eu consigo até fazer reforma na minha casa”.
Ao perceber meu embasbaque diante de tal revelação, a galeguinha explicou.
“Eles podem até saber onde eu voto, mas nunca vou saber em quem eu votei. E digo mais: quem compra meu voto tá automaticamente descartado. O cara que compra voto não vale nada e não merece ser eleito para cargo nenhum”.
De fato, por mais que sejam seus mecanismos de medição, o político não tem absolutamente nenhuma forma de saber exatamente quem votou nele e quem deixou de votar. Na verdade, faz-se um cálculo aproximado a partir das zonas eleitorais em que os cabos eleitorais ‘garantem’ uma determinada quantidade de votos. Quando não entrega, é natural que estas lideranças (??) percam a legitimidade para atuar em futuras campanhas.
Mesmo se pudesse saber o ‘culpado’ de sua ‘encomenda’ não ser entregue, o candidato faria o quê? Denunciaria no Procon?
Conheço um ex-político (sim, existe) que indignou-se com a “falta de ética” do povo. Endividou-se, pegou dinheiro onde não tinha e espalhou cidade afora para garantir a votação que precisava. Levou um ‘calote’ dos eleitores e não teve saída a não ser deixar a vida pública.
Valeu?

Ivan Moraes Filho

sábado, 8 de setembro de 2012

Chupa essa manga!



O assunto é sério. Seríssimo da Silva. Algo que eu gostaria mesmo de compreender, mas... torna-se cada vez mais difícil de ser explicado. Mas vamos lá (se você leu até aqui já é uma “vitória” minha, porque...), o assunto é política!
Sim, meus caros carecas. A minha dúvida está em: por que raios, em um país com etiqueta “Made in Democracia”, não trocamos o termo eleitores por torcedores e, por conseguinte, partidos (ou legendas) por equipes e candidatos por lutadores? Sim, criaturas divinas. Vocês já observaram que em época de campanha eleitoral a maioria dos torcedores escolhe seu lutador “preferido” e, haja o que houver, o cara sendo bom, honesto, responsável ou não, vai com ele até o fim?
— Mas ele é o melhor para nossa cidade/estado/país?   
— Não interessa, “nós” vamos vencer essa e vocês vão ter que engolir, seus @#%*! Chupaaaa!
Os ricos argumentos vão desde um simples e carinhoso “ele é lindooo!” até um cargo prometido (kkkk esse é o melhor...) ou uma séria e infundada ameaça (bem vinda de volta Sra. Ditadura!)
Senhoras e Senhores torce... desculpe, eleitores, não tenham medo de votar em quem tem REALMENTE a melhor proposta e conduta; não tenham vergonha de trocar de candidato, caso percebam que o “seu” não está sendo honesto ou não esteja muito empenhado em lutar pela melhoria da população; não venda seu voto por miséria, pois ao colocar alguém lá no “trono”, é miséria que ele vai continuar a te dar; não acredite em promessas milagrosas, pense a quantos eleitores ele prometeu o mesmo, como é que ele vai cumprir a promessa a todos? E, por fim, entenda, seu voto é SECRETO e isso é LEI. Não tenha medo, analise, escolha e vote!
Aos torcedores: a vitória infundada é a derrota mais débil que você poderá amargar, e, nesse caso, por, no mínimo, quatro anos.


Lici Cruz

terça-feira, 21 de agosto de 2012

FAÇA A SUA PARTE!

Beyoncé canta I WAS HERE na ONU - Dia Mundial da Ajuda Humanitária - Legendado PT from Lucy Sem Fronteiras on Vimeo.

A cantora Beyoncé gravou uma apresentação emocionante no prédio das Nações Unidas, em Nova York, para divulgar a causa do Dia Mundial da Ajuda Humanitária, que é celebrado a cada dia 19 de agosto. A diva pop cantou a música "I Was Here" (Eu estive aqui), clip para campanha humanitária da ONU.

A data foi escolhida em memória ao bombardeio ao prédio da instituição em Bagdá, capital do Iraque, ocorrido em 19 de agosto de 2003. O atentado deixou 22 pessoas mortas -- entre elas o embaixador brasileiro Sérgio Vieira de Mello.

" Os corações que toquei, são as provas que deixarei,..de que eu fiz a diferença e ... eu estive aqui..''
Que todos nós possamos dizer o mesmo que expressa esta música e estas imagens, quando chegar a nossa hora de '' ir ''.... ''Eu estive aqui!"
Faça alguma coisa. Nada é pequeno demais. Faça a sua parte! Faça a diferença e deixe a sua marca no mundo!
Clique aqui e veja como fazer a sua parte: whd-iwashere.org/


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Psicologia 1959 X 2011




Cenário 1: João não fica quieto na sala de aula. Interrompe e perturba os colegas.
1959: É mandado à sala da diretoria, fica parado esperando 1 hora, vem o diretor, lhe dá uma bronca descomunal e volta tranquilo à classe.
2011: É mandado ao departamento de psiquiatria, o diagnosticam como hiperativo, com transtornos de ansiedade e déficit de atenção em ADD, o psiquiatra lhe receita Rivotril. Se transforma num Zumbí. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho incapaz.

Cenário 2: Luis quebra o farol de um carro no seu bairro.
1959: Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas sonoras bordoadas no traseiro… A Luis nem lhe passa pela cabeça fazer outra nova “cagada”, cresce normalmente, vai à universidade e se transforma num profissional de sucesso.
2011: Prendem o pai de Luis por maus tratos. O condenam a 5 anos de reclusão e, por 15 anos, deve abster-se de ver seu filho. Sem o guia de uma figura paterna, Luis se volta para as drogas, torna-se um delinque e fica preso num presídio especial para adolescentes.

Cenário 3: José cai enquanto corria no pátio do colégio, machuca o joelho. Sua professora, Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo…
1959: Rapidamente José se sente melhor e continua brincando.
2011: A professora Maria é acusada de abuso sexual, condenada a três anos de reclusão. José passa cinco anos de terapia em terapia. Seus pais processam o colégio por negligência e a professora por danos psicológicos, ganhando os dois juízos. Maria renuncia à docência, entra em aguda depressão e se suicida… 

Cenário 4: Disciplina escolar.
1959: Fazíamos bagunça na classe… O professor nos dava uma boa “lavada” e/ou encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade.
2011: Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por repreender-nos e fica com a culpa por fazê-lo. Nosso velho vai até o colégio se queixar do docente e para nos consolar nos dá uma moto de presente. 

Cenário 5: Horário de Verão.
1959: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Não acontece nada. 
2011: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, falta de apetite. Nas mulheres aparece celulite.

Cenário 6: Fim das férias.
1959: Depois de passar as férias com toda a família enfiada num Gordini, após 15 dias de sol na praia, hora de voltar. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.
2011: Depois de voltar de Cancún, numa viajem ‘all inclusive’, terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono, pânico, attack e seborreia… 

Fica a pergunta…
QUANDO FOI QUE NOS TRANSFORMAMOS NESTE “BANDO DE BOSTAS”???


Recebido por e-mail (adaptado).
Se alguém souber ou for o autor, favor poste nos comentários que eu coloco a autoria.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Se até a moda é retrô, por que os valores não são?


Se Marcelo Fromer, Tony Bellotto e Arnaldo Antunes tivessem escrito, hoje, a música “O pulso” (1989), penso eu cá com meus belos botões, que seria, em parte, assim:

“Hiperativismo, bipolaridade, ansiedade, dislexia.
Bullying, psicopatia, ‘endemoniamento’, bruxaria.
E o FDP ainda pulsa...”

Tirando o fato da minha atual adolescência mental e, “botando” umas rugas a mais (marquinhas mínimas de expressão, façam-me o favor!), acredito na tese “popularmente científica” de que o mundo “ta cabano”!
Vamos partir de um exemplo “pessoal de mim mesma, acontecido comigo”:
Sempre fui baixinha, gordinha e dentuça (já me identifiquei muito com a Mônica, aliás) e todos sabiam, viam e lembravam-me disso.
Analisemos: antes = "O problema é teu!"; hoje = bullying...
Para compensar, talvez, minha “deficiência top model”, eu sempre me “sobressaí” (palavrinha feia, nunca a tinha escrito) em relação à criatividade e às boas notas. Em contrapartida, alguns dos meus queridos, não.
Analisemos: antes = burrice aguda; hoje = dislexia, disgrafia, hiperativismo, culpa do professor etc., etc., etc...
Agora vem o mais impressionante, na “minha época”, tratar um professor(a) mal ou pai/mãe ou qualquer pessoa ou “coisa” que não fosse seu lápis de ponta quebrada era CONDENÁVEL; hoje = bipolaridade, obra do demo, distúrbio causado pelo estresse e outros eufemismos carinhosos para uma boa “filhadaputagem”.
Pais, aqui vai uma dica de uma pessoa que conhece mais sobre o “mundo” alheio do que sobre o seu próprio:
Eduquem seus filhos para darem lugar a um idoso, a um deficiente, a uma gestante ou a uma pessoa com criança de colo em um ônibus; para não aceitarem doces, dinheiro ou “pedidos” de estranhos; para respeitarem seus professores; para contarem até mil, se preciso, antes de partirem para a agressão; para escutarem antes de darem sua opinião; para dizerem “por favor, obrigado(a) e com licença”.
Valores antigos nem sempre farão com que seus filhos fiquem livres de serem criminosos, vítimas ou que decidam não seguir qualquer caminho errado, mas farão com que um dia voltem. Seja para os braços protetores e mestres dos pais, ou para terem os joelhos sujos e grudados em uma lápide, com a arrependida memória de não ter seguido a sabedoria deles.

Lici Cruz

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A última visita


Publicado no Jornal do Commercio em 30 de setembro de 1908, reproduzido no dia 1 de outubro, por ter saído com incorreções.


Crônica de Euclides da Cunha, sobre a morte de Machado de Assis.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

...



Deixe seu corpo chegar e se instalar na minha fúria
Amantes em plena loucura de amar
Deixe o calor nos cobrir
Deixe a paixão explodir dentro dos nossos corpos
E que eles se tornem único
Para que o prazer possa ser real
Encosta tua boca na minha
Encosta seu corpo no meu
Queima-me
Tenha-me como sua mulher... 

Lici Cruz

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Acostume-se ou te devoro!



A que ponto chegamos “ein, baby?!”.
Hoje em dia, qual é o preço que se paga pelo normal?
Normal é um senhor de idade (bem) avançada te atacar na rua e sua conduta ser “aceitar”, em respeito ao “distúrbio etário”, além de poder ir presa se reagir. Normal é ter que guardar seu decote em um cofre, porque o estuprador da “Rua Minha Casa”, está à solta, afinal é a vítima que induz o delinquente ao crime, não é?!
Normal não é só isso, é também deixar seu filho provar veneno, maltratar um animal ou insultar a visita, mesmo você dizendo a ele, pela enésima vez, que não se deve fazer esses tipos de coisas. Palmada é um contrassenso, não é?!
Normal é você colocar “hétero” em seu perfil social e ir preso por homofobia.
Normal é você comer um festivo churrasco e perder 203 amigos vegetarianos por causa disso (se você tiver 203 “Amigos”, eu sou sua fã).
Normal é você idolatrar um “cara” que usa calça apertada, chapéu e canta fino e mandar um cowboy “tomar no c...”.
Melhor, normal deve ser dizer que a liberdade de expressão “é o que há!” e mandar para a puta que o pariu a manifestação religiosa do “amigo adicionado”.
Caros e poucos leitores... sabe o que eu acho normal? A LOUCURA! A pura e simples loucura. Aberta, escancarada, sincera, louca, mas vulnerável.
Hipocrisia é para os fortes, me desculpem, mas eu sou fraca...

Lici Cruz

O “EU” que há em mim


Egoísmo: 2. exclusivismo que leva uma pessoa a se tomar como referência a tudo; excessiva vaidade, pretensão, orgulho, presunção. (Houaiss)

O mundo ensina: “Ame a si mesmo!”, “Quer que seja feito direito, faça você mesmo!”, “Valorize-se!”. Ok, bijus! Só que sem e-go-ís-mo, por favor!
“Mas eu sou um pouco tapado(a) e não sei quando é egoísmo ou não.”
Meu Narciso querido, egoísmo é doença, é “um fogo que arde sem se ver”. A dor de um egoísta sempre é insuportável... a do “outro” não. O amor é maior. A ideia é a melhor e não há nada que a aperfeiçoe ou a substitua.
Para o egoísta nato o “EU” é o rei. Ele é nada mais que o dono de mais de sete bilhões de súditos.
Pois é, caro Sr. Egoísta, sua “manada” pode ser grande, mas sua importância para mim é ervilha... e olha que, se tratando de mim e de importância, isso é quase prioridade, falta só o motivo que me faça pensar mais em você do que em mim.

Lici Cruz


terça-feira, 24 de abril de 2012

O Super-robô


Photo by Lici Cruz

Que criança gosta de ganhar presente, todos sabemos. Que esse mercado é infinitamente abastecido e inovado, também. Mas... quanto custa ver os olhinhos brilhantes e o sorriso satisfeito de um filho? Um vídeo-game de ultima geração? Um avião a controle, modelo raríssimo? Um boneco peça única que só não sabe morrer? Uma viagem à Disney com direito à bagagem extra de plásticos animados cheirando a dólar? O preço do meu foi um super-robô.
Tudo começou com uma ida ao mercado. Simples.
Mantimentos comprados, encontrei o Hulk. Promoção.
— Olha, filho, o Hulk!
Mas quem é o Hulk para uma criança de dois anos? Um cara verde e feio.
Ele pegou, olhou, analisou o ser e até fingiu aceitar (talvez para não magoar a mãe), mas seus olhos e suas mãozinhas apontavam para uma só direção, a do “Super-robô”.
À vista da sua “sábia” matriarca, um bicho feio, desconhecido e sem atrativos. Para ele: “O” Super-robô...
— Esse, filho? Tem certeza?!
O abraço ao plástico foi a resposta. O qual seguiu o caminho ao caixa, o caminho até a nossa casa e, apenas por exaustão orgânica, o caminho do sono.
Quanto me custou o “Super-robô”? R$4,99, em dinheiro humano, porém sem preço calculável pela felicidade pura de um anjo.

Lici Cruz

sábado, 14 de abril de 2012

O cavalo




E de repente o trânsito parou. Verdes, vermelhos e amarelos. Buzinas? Silêncio de cortejo.
Tião olhou para um lado e para o outro. Justiceiro também. Justiceiro? O cavalo. E seguiram e atravessaram tantas quantas ruas sem que um ruído fosse exclamado. Pelo contrário. Suspiros. E balõezinhos-nuvens que “diziam”:
“Nossa, há quanto tempo eu não via um cavalo!”
“Ah, como seria tudo... galopar sem destino, sentindo o vento nos cabelos!”
“Vou comprar um haras!”
“Que carinha triste a daquele cavalo...”
“Um cavalo?!”
E o cavalo atravessou. E no fim da travessia suspirou... confessou... em balãozinho, é claro:
“Mais uma travessia, mais um dia. Quem dera fosse rio. Quem dera fosse brisa. A comida é basta, mas não é graminha fresca com sabor de orvalho. Mas quem sou eu? Cavalo? É, sou e ‘o’ sou. E puxo o sustento e o lamento. E ‘bora’ trabalhar para não acabar como os milhares de cavalos presos nesses motores.”
Enquanto isso, lá no fundo, bem atrás, surge mais uma “nuvem”.
“Por que essa fila não anda? Estou atrasado!”


Lici Cruz

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Por favor, só abra a boca quando tiver certeza ou pelo menos pesquise no Google antes...


Se pudéssemos traçar uma linha imaginária entre a opinião própria (baseada em uma formação de conceito a partir de um conhecimento individual, ou seja, o que cada um acha que é) e a real intenção de um fato (baseada na declaração do “réu” confesso) e se pudéssemos calcular essa distância, com certeza nos faltariam zeros e/ou necessitaríamos de uma nova unidade de medida.
“Sim, mas ele disse que fez assim! E eu acho isso errado, porque...”
“Eu não concordo, acho que ele teve motivos e...”
“Ele é um filho da puta, isso sim!”
“Ele não teve culpa, afinal errar é humano e ele já se arrependeu!”
“Eu acho que ele é capaz de fazer de novo, porque...”
De ato a fato. De ação a objeto popular de estudo. De palavras bem ou mal ditas a escutas bem ou mal interpretadas.
O que obviamente aconteceria, se perguntássemos a três pessoas o que elas acham de você? E se elas necessariamente fossem sua mãe, seu “amor” (namorado(a), marido/esposa etc.) e seu chefe? Qual delas teria “razão” sobre quem ou como você é?
Acredita-se que qualquer uma dessas pessoas tem o direito, a liberdade de expressar-se a seu respeito, como e onde quiserem, afinal, veem e compreendem a sua vida como você a vê e a compreende, não é?!
Sim, meus caros, a “libertinagem” de expressão lhes dá esse direito, é um patrimônio da humanidade! E já que eu também faço parte desse planeta “livre”, vou usar esse direito e dar-lhes um belo e gratuito conselho: por mais que vocês acreditem estar certos sobre algo ou alguém, quando forem falar sobre, usem e abusem dessas três coisinhas: ética, respeito e educação, pois em uma linda e estrelada noite você pode ir pra caminha e dormir feliz como crítico e em uma tempestuosa manhã acordar tomando remédios para criticados.

Lici Cruz


"Não quero exalar reconhecimento enquanto meu corpo apodrece, quero que me deem valor enquanto ainda cheiro a suor."

Lici Cruz