terça-feira, 9 de agosto de 2011

Piadinha de mau gosto


Ta pra nascer coisa mais chata que piadinha interna. É chato para “ambos os dois polos”. Para quem está de fora a “cara de tacho” é básica. Para quem sabe do que se trata fica a missão de explicar, para o humilde “dois de paus”, o porquê do “código secreto”. Aí perde a graça. Aí ninguém mais ri. Aí tem-se que mudar de assunto.
O pior de tudo, é quando essas piadinhas c0d1f1c4d45 vêm seguidas ou até sintetizadas em onomatopéias, é o Ó! É quase uma expressão matemática: 3 palavras + 1 grunhido + 1 rosnado = 10% achando graça e o resto “Ein?!”.
E há uma infinidade de situações em que as piadinhas internas reinam. Por exemplo, quem nunca assistiu a um “Talk Show” gringo, a um filme ou seriado “de humor” de outro país ou até mesmo uma propaganda estrangeira, onde usam e abusam de piadinhas, comparações, insinuações e jargões “patrióticos”. Se você, meu amigo, nunca percebeu isso, das três uma: ou você deve ser fera em assuntos “extraterrenos” (sacou essa?!); ou você não sabe nada de nada mesmo, por isso não entendeu nada; ou “Ein?!”.
É fato, para quem participa do clã ou consegue “captar o sentido da coisa”, a graça existe, mas nada terá de interessante se não estiver presente ao menos um “periquitinho fora do ninho” (que bonitinho!), senão a piadinha deixa de ser exclusiva e passa a ser comum. Deixa até mesmo de ser piada e fica sendo apenas uma analogia, um diálogo ou, para os mais “egocêntricos”, um monólogo.
“Abaixo às piadinhas internas?!”. Não! Não sejamos extremistas, mas sim sensatos. Tudo o que é demais satura e fica chato. E, se é chato, a gente não gosta. E, se a gente não gosta, a gente se afasta. E aí, meu ex-amigo, não tem graça nenhuma.

Lici Cruz

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